18.5.14

GODZILLA


Caramba Hollywood, desiste por favor. Quando o Godzilla enfrentou o MecaGodzilla, ou até o Godzilla espacial, isso foi legal. Foi tosco mas foi legal. Mas sempre que o bicho resolve atacar a terra do Tio Sam algo dá errado, e isso não é legal. Esse novo filme até tem um Godzilla gordinho como se fosse o Godzilla clássico, com um cara dentro da fantasia, mas isso não salva o filme. Pra ser sincero, o filme de 1998 é muito mais divertido que essa nova versão. Pelo menos o Roland Emmerich investe nos personagens humanos, principais ou coadjuvantes. E eu nem sei por que existem humanos com nomes nesta versão. O elenco principal é pequeno e descartável. Então quer dizer que sobra muito mais cenas com monstros, certo? Hum ... não.


- Não sou um coadjuvante, meu nome está no título do filme, cacilda!


O filme começa com Bryan Cranston e Juliette Binoche trabalhando numa usina no Japão. Aí acontece um acidente. Quinze anos depois, o cara ainda está tentando provar que o acidente não foi um acidente. Seu filho cresceu e virou o Aaron Johnson. Ele vai até o Japão pra ajudar o pai e juntos eles descobrem a terrível verdade. Desde a década de 1950 uma organização mundial secreta está tentando aniquilar monstros gigantes que se alimentam de radiação e que soltam pulsos eletromagnéticos, acabando com toda a eletricidade ao redor. A explicação científica é tão absurda que nem vou falar sobre isso. O primeiro bicho que aparece é um gafanhoto gigante. O Godzilla vem em seguida, ele caça esses bichos pra manter a natureza em equilíbrio (oh céus). Então, é assim: é noite, um monstro aparece, começa a destruir uma cidade (ou a gente vê apenas o rastro de destruição) e depois vem o amanhecer e os bichos sumiram. Ainda estão andando por aí, mas a gente acompanha apenas os militares durante o dia, tipo o Aaron que está tentando voltar pra casa. Monstros durante a noite, só pra causar efeito. Godzilla briga com um monstro por dois segundos e tchau. Imaginei que o filme estava se guardando pro final, mas o final foi um saco (assim como a cobertura da mídia, qual é a reação dos outros governos afinal? É tudo muito vago), como eu disse, não investiram nos personagens e a trama é rasa demais. A história é muito mal contada, beirando ao ridículo, parece que foi escrita pra crianças. Volta pra casa Godzilla, por favor. Veste sua roupa de borracha e destrói uma maquete da cidade de Tóquio, isso sim é divertido.










VEJA TAMBÉM: Cloverfiled, Godzilla (1998).

2 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

FICHA TÉCNICA

TÍTULO ORIGINAL: idem
ANO: 2014
PAÍSES: eua, japão
DURAÇÃO: 123 min
DIRETOR: Gareth Edwards
ELENCO: Aaron Taylor-Johnson, Bryan Cranston, Elizabeth Olsen e Juliette Binoche
DATA DE ESTREIA NO BRASIL: dia 15 de maio

Anônimo disse...

faz uma resenha de jogos vorazes, eu sei que vc não curtiu muito o primeiro filme, mas de uma chance ao segundo (em chamas); o filme passa uma mensagem e retrata um cenário pós uma possível terceira guerra mundial, onde como lidar com um povo sem que ele se volte contra nós.