COSMÓPOLIS

Então tá, o filme escorrega no tomate em alguns momentos, fugindo da própria proposta barra tema barra climão. Mas são cenas curtas, podemos fingir que não vimos isso, o restante do filme é aproveitável. Não sei por que recebeu tantas críticas ruins. Você tem que captar a trama nas entrelinhas porque, esse filme, não tem o ritmo de um filme, é baseado num livro mas faz o tipo teatral. Não é a ação que move a trama e sim os diálogos, logo, você pode achar COSMÓPOLIS meio paradão, cheio de blá blá blá. Tem o jeitão de um filme europeu, está filosofando sobre a vida, o universo e tudo mais. É claro que tem aquele lance de deixar sua Pattinsonfobia meio que de lado para ver esse filme. Sem maquiagem de vampiro, até que o cara sabe atuar, está satisfatório.

ESSA CENA FOI DO BALACOBACO

Eric Packer tem 28 anos e é um rico empresário, podre, podre de rico. O que ele faz exatamente? Isso não importa para o filme. A trama toda se passa num único dia. Eric decide que quer cortar o cabelo numa barbearia que fica do outro lado da cidade. Mas o presidente está no pedaço, as ruas, por onde seu comitê vai passar, estão fechadas. Está havendo um protesto num local próximo e tem também o funeral de uma celebridade, dificultando mais ainda o tráfego (sem mencionar que tem alguém querendo matar o rapaz). Logo, a limusine de Eric (cujo interior lembra uma nave espacial) anda beeem devagar. Pelo caminho, ele encontra amigos e funcionários, faz reuniões de negócios ali mesmo. Encontra também sua esposa, casamento arranjado, e nada de sexo até o momento. Todo dia, ele passa por uma consulta médica, e assim, seu médico aparece na limusine também (exame de próstata em R-Patz, você precisa ver essa cena). O pessoal entra no carro, bate um papinho e vai embora, todos no filme tem uma história para contar. Os negócios de Eric não vão bem e ele não está preparado psicologicamente para lidar com a situação. Duas cenas inesperadas vão pegar você de surpresa (dã), e o final também, do tipo "ame ou odeie".

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