8.4.13

UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA


Em 2009 pintou um trailer, publiquei no blog. O filme se chamava "Lutas", parecia que ia estrear no ano seguinte. Não sei a razão do atraso, o filme agora se chama UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA e, por algum motivo, ficou todo esse tempo na gaveta. Será que passou por melhorias? Sei não. O filme tem uma animação insuportavelmente restrita, faltou grana? Será? Com mais de vinte patrocinadores? Então deve ser a escassez de animadores competentes no país? NÃO! Tem gente competente aqui, trabalhando para a Disney e tal (onde foi que eu enfiei meu diploma de animador?). Você pode dizer que o filme é travadão de propósito, mas eu consigo ver o truque. Cenas típicas de um animador preguiçoso. O filme usa vários recursos e várias desculpas para compensar a "desanimação" dos personagens. Três anos numa gaveta? Em dez meses eu fiz, sozinho, milhares de frames (esboço, animação, finalização, conversão digital, pintura, montagem, trilha... aos sábados, num computador pré histórico dos anos 1990), meu curta, com alguns minutinhos de duração, é muito mais animado que esse filme.


BLADE RUNNER EM COPACABANA

Selton Mello faz a voz de um índio (ele narra o filme todo, isso atrapalha um pouco, o filme não precisa de uma narração quase ininterrupta), que vive uma história de amor com uma índia chamada Janaína (Camila Pitanga (lembra de Atlantis?) ela está mil vezes pior). Os portugueses e os franceses estão em guerra no Brasil recém descoberto e a tribo do personagem principal está no fogo cruzado. Nesse momento, um espírito barra deus (sei lá) dá ao rapaz um super poder para derrotar um espírito barra deus do mal. Sem pressa, se ele morrer antes, acaba se transformando num corvo imortal. Ele volta à forma humana sempre que encontra uma nova encarnação de Janaína. Encontrar e derrotar o espírito do mal, para acabar com esse ciclo, não é a sua prioridade, ele só quer saber da moça, mas ela também está sempre envolvida numa luta contra o mal. O filme é dividido em quatro partes, Rio de Janeiro recém descoberto, Maranhão século 19, Rio anos 1960 e Rio 2096. O personagem é um índio lutando contra os europeus, um negro num quilombo, um rapaz lutando contra a ditadura militar e um cara comum num futuro sem água potável. É na última parte que o filme dá um show no visual. Mas tem sexo, nudez (é claro que outros filmes também tem isso, mas os filmes nacionais SÓ TEM isso, precisamos variar) e algumas cenas fortes (por conta de uma delas, não vou ver o filme novamente), valeu pela aula de História (embora tenha alguns deslizes), a intenção é boa, mas a apresentação não. Aquela animação fraquinha realmente afeta a experiência. Bocas que só se movem de duas maneiras e um elenco de vozes onde só dá amadores.










VEJA TAMBÉM: A viagem, O homem bicentenário, Highlander.

7 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

FICHA TÉCNICA

TITULO ORIGINAL: idem
ANO: 2013
PAÍS: Brasil
DURAÇÃO: 98 min
DIRETOR: Luiz Bolognesi
ELENCO: Selton Mello, Rodrigo Santoro e Camila Pitanga
DATA DE ESTREIA NO BRASIL: dia 5 de abril

Anônimo disse...

Que curta?

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

O curta que eu tive que fazer para ganhar o meu diploma.
Está em vhs.

Leirson disse...

Nossa, Alessandro!! Queremos ver!!! :D

Sam Peregrine disse...

Animador!? Curta de animação!? Posta ai!

Anônimo disse...

Tem que postaar!

Marcelo Doni disse...

queremos ver seu curta ta com cara de longo rsrsrsr...., sobre filme eu gostei acho louvavel a tentativa de uma animação para adultos o filme é dramatico demais, a Camila se sai bem sim na dublagem valeu pela ousadia e por ter mostrado um pouco da hístoria de nosso brasil e a interminavel luta do bem contra forte do mal