25.7.10

DIGA "SIM" ÀS DROGAS

Passou pela cabeça da Disney que a criançada de hoje era mais inteligente que as crianças de antigamente e desse modo os contos de fadas iriam certamente ofender o intelecto dos pimpolhos movidos a internet e a "dead or alive", então, depois de Tarzan, o estúdio resolveu investir num material mais adulto. ATLANTIS é pura ficção científica, faz homenagens a vários filmes e livros do gênero. Direcionado para o público mais velho mas vendido como "para todos os públicos" o filme teria sido um baita sucesso se fosse feito com atores, uma vez que personagens animados costumam ser relacionados a coisas engraçadas e a Disney não é a Warner dos desenhos do Bátima na tv, com um visual adulto, violento e sério. Os traços dos personagens desse filme não combinam com o clima da história, eles são engraçadinhos e coloridos. O teor infantil atrapalha o teor mais adulto e vice versa, impedindo o filme de ter uma identidade própria palpável, para curtí-lo você deve passar por cima de muita coisa.

MOMENTO BRILHANTE
Estamos no inicio do século 20 e precisamos de submarinos e máquinas pra lá de modernas para a época. De algum modo o pessoal do filme as possui, sejam movidas a vapor ou eletricidade, mas as máquinas respeitam a moda da época, nenhuma delas tem um visual futurista. Cada uma delas foi criada digitalmente, seria um marco na história da animação mas a fox já havia dado esse passo no ano anterior com espaço naves em "titan a.e.", a diferença é que desta vez o CGI acompanhava melhor a animação feita à mão (a Disney já estava se tornando craque nisso nos anos 1990) , em Titan alguns personagens tinham problemas para se deslocarem em cenários digitais que se moviam e pareciam se desprender deles.

MOMENTO ETA DUBLAGEM MALDITA
Ainda na moda das dublagens feitas por "atores que nunca fizeram esse tipo de trabalho na vida" como se essa fosse uma ótima ideia do tipo "vai vender ingressos". Camila Pitanga até que tentou mas Maitê Proença sequer sabe dizer "nada pessoal" à beira da morte de um modo convincente.

MOMENTO NOVELA
Para mim parece um daqueles momentos de se encher linguiças em certos desenhos da Disney que estão curtos demais para serem chamados de "longas de animação". A trama principal é deixada de lado várias vezes para sermos apresentados às histórias dos personagens coadjuvantes tipo "nações unidas", quem são eles? o que eles faziam antes do filme? quem se importa com isso? praticamente deixaram o filme mais lento e no fim das contas as histórias não serviram para nada no final.

MOMENTO ENCANTADO
A cidade de Atlantis, sua destruição e seu renascimento, seus momentos mágicos, um visual de se encher os olhos, acertaram a mão nas cores e na fotografia. Havia um toque animê no final.

MOMENTO É NÓIS NO DVD
O filme me lembrou de um seriado norte americano que veio ao Brasil com o nome de "primo cruzado". A dublagem nacional tentava nos convencer de que um dos personagens era de Minas Gerais em seu modo de falar. Em Atlantis temos um personagem texano que na dublagem diz ser de Minas Gerais também, tem sotaque e tal. Modo forçado de conquistar a simpatia das crianças brasileiras. O personagem tem um mapa do Texas tatuado na barriga, qualquer criança mineira pode ver que aquele mapa não é o do estado brasileiro. Essa piada do mapa deveria ter feito o responsável pela tradução do roteiro ter mudado de ideia mas ele nem quis saber.

MOMENTO A PRINCESA PERDIDA
Você já viu muitos filmecos e brinquedos e bolsas e canecas e bonecas e livrinhos e etc com todas as princesas da Disney reunidas com a marca "princesas da Disney" certo? Mas o que é que a Mulan tá fazendo no meio delas? e a Jane? e a Meg? elas não são princesas! mas por onde anda a princesa Kida de Atlantis? excluída do hall da fama por usar menos pano que a princesa Jasmim? não, o filme foi um fracasso e a Disney quer esquecer dele. Tentou salvar a pátria lançando uma parte 2 em dvd mas nem isso foi o suficiente para que Kida fosse incluída na turminha das patricinhas da Disney.

13 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

No ano seguinte a Disney repetiu a dose da "animação com um teor menos infantil" com O PLANETA DO TESOURO.
Tinha todas as iscas para atrair os jovens mas todo mundo as notou, ficou forçado demais.
Teria feito mais sucesso caso tivessem seguido o livro à risca e feito um desenho com piratas convencionais?
Mas após o mega ultra fracasso de "a ilha da garganta cortada" quem é que iria querer investir num filme de piratas?
Só mesmo Johnny Depp,e a própria Disney, anos mais tarde.

Anselmo disse...

Tenho um carinho pelo filme justamente por não tê-lo visto no cinema, pois foi quando caí doente e passei um mês de cama e os seguintes me recuperando. Quando o vi em dvd foi como se estivesse resolvendo um assunto pendente e realmente deixado toda aquela fase para trás. Não vi JP3 pelo mesmo motivo.

Dentre as coisas que me incomodam, a pior são as unhas triangulares que me fizeram desencadear uma briga em um fórum de discussão sobre animação quando o assunto foi o design do filme rsrs, bons tempos.

A galera se revoltou também pois a Disney na época do lançamento anunciava aos quatro ventos que, desde a Bela Adormecida nenhum desenho foi produzido em cinemascope (21:9)... e no dvd o filme veio fullscreen, kkk fail total.

Por falar em dublagem maldita, aqueles comediantes globais os tais caras de pau vão dublar Meu Malvado Favorito! Desde já MEDO!

Adoro a trilha sonora de Titan A.E. outro dia mesmo estava ouvindo o cd.

joão disse...

'garganta cortada' foi um fracasso tão retumbante assim? eu acho um filme tão simpático (sem sarcasmo, acho mesmo. pipoca da boa)

fernando quase-di-maior disse...

Por falar hein princesas excluidas,
porque que a POCAHONTAS nao faz parte das princesas Disney?
Isso é por preconceito da Disney?É por ela não ser o 'padrão exato' de princesa, com vestidos longos, que moram em castelos?
Ora ela é filha do chefe da tribo, ela é uma princesa...

Becks disse...

Eu AMO a Ilha da Garganta Cortadaaa!!

nunca vi atlantis, imagino q seja parecido com avatar, to errada né?

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

oi anselmo

da trilha musical de titan eu adoro ouvir "over my head"

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

oi joão

a ilha da garganta cortada foi , por um tempo, o filme menos lucrativo da história do cinema, rendeu apenas 22% do custo da produção e levou o estudio da carolco à falência

atualmente a lista dos filmes menos rentáveis está assim:

10- a reconquista, perdeu 71% do custo
9- o planeta do tesouro, perdeu 73%
8-hudson hawk o falcão está a solta, perdeu 74%
7- 3000 milhas para o inferno, perdeu 75%
6- o resgate do titanic, perdeu 81%
5- a ilha da garganta cortada, perdeu 88%
4- ricos, bonitos e infiéis, perdeu 92%
3- monkeybone no limite da imaginação, perdeu 93%
2- pluto nash, perdeu 96%
1- o portal do paraíso, perdeu 97% (custou 44 milhões e rendeu 1.5)

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

oi fernando

eu não mencionei a pocahontas porque eu já a vi numa revista de colorir das princesas da disney
(não que eu a tenha comprado, só vi a capa)hehe

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

oi becks

atlantis é sobre um rapaz chamado Milo (Michael J. Fox) que está tentando encontrar o continente perdido de Atlântida, militares mal intencionados o acompanham para roubar a fonte de energia do povo da ilha

Rafael disse...

gosto muito dos dois, atlantis e planeta do tesouro. Os efeitos q usaram na destruição e reconstrução de atlantis são muito legais. Sei lá, desligo o cerebro pra ver esse tipo de filme.

Rosemary da Silva disse...

TALVEZ POR NÃO SER UMA GAROTINHA QUANDO VI ATLANTIS,EU ENTENDI A HISTÓ
RIA.E ERA BEM LEGAL.TAMBÉM NÃO GOSTO
QUANDO TENTAM ABRASILEIRAR AS COISAS
AMERICANAS.MAS,ACHO QUE COM O ENSINO PÚBLICO NO BRASIL,AS CRIANÇAS NÃO
CONHECEM NEM OS MAPAS DOS SEUS ESTADOS... EM TEMPO!SOU PROFESSORA DE
HISTÓRIA E SOU MINEIRA.

Lokona disse...

Aff...adoro atlantis e tambémnão aguento o Cookie dizendo que o Texas é o estado de Minas Gerais...
Ah, qualé disney, vai se lascar! Você não acha que as criancinhas mais espertinhas não vão saber que aquilo é um mapa do "Tio Sam" na barriga dele???

Lokona disse...
Este comentário foi removido pelo autor.